Desde a segunda quinzena de janeiro, o Governo do Distrito Federal (GDF) passou a disponibilizar o número 199 para demandas relacionadas à dengue, como denúncias de locais de criadouro do mosquito Aedes aegypti e dúvidas sobre atendimento a pessoas sintomáticas. O telefone é da Subsecretaria de Defesa Civil em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que atende os chamados.
Segundo a corporação, durante os sete primeiros dias de funcionamento, foram recebidas 1.506 ligações – o que representa um aumento de 160% em relação à semana anterior, quando o atendimento para dengue ainda não estava ativo no canal.
“O aumento da divulgação do canal de atendimento tem ampliado a procura, que ainda é moderada; mas, como todos os nossos atendentes estão operando de forma integrada às centrais 193 e 199, teremos condições de atender a demanda”, completa o comandante do Central de Operações e Comunicações do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Muniz.
Para atuar nos serviços do 199 voltados para a questão da dengue, os militares que atendem as ligações foram capacitados para passar informações referentes aos sintomas da doença, locais de atendimento médico e da passagem do fumacê e como denunciar os focos de possível proliferação do mosquito causador da doença.
Número para emergências
Já existente, o canal sempre foi usado para comunicar demandas de desastres ou de riscos iminentes. “Esse é um canal de emergência disponível para a população informar situações como colapso de estrutura, árvores com risco de queda, danos estruturais, rachaduras, fissuras, grandes erosões ou outras gravidades com risco iminente de se transformarem em um desastre”, explica o assessor técnico e porta-voz da Defesa Civil, capitão Renato Augusto.
O telefone funciona 24 horas por dia. As ligações são direcionadas para a Central de Operações e Comunicações do CBMDF. No ano passado, o canal recebeu 25.296 ligações.
“No momento em que o cidadão liga para o 199, um bombeiro militar o atenderá. Como as centrais 199 e 193 estão integradas, todos os nossos atendentes estão mobilizados para operar nos dois serviços”, conta o comandante do Central de Operações e Comunicações do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Muniz.
Após o acionamento pelo 199, os bombeiros enviam uma guarnição para verificar a ocorrência. São eles que julgam se há necessidade da intervenção da Defesa Civil. Quando há, o órgão faz a vistoria técnica, que pode gerar até quatro termos diferentes. São eles o de comparecimento; de notificação, para que sejam efetuadas medidas para minimizar os riscos; de interdição, com exigências de modificações até a emissão do laudo de segurança, e de desinterdição, quando as exigências são cumpridas.
Durante todas as vistorias regulares ou emergenciais, a Defesa Civil também verifica se há locais de armazenamento do Aedes aegypti. “Toda vistoria nossa tem a verificação de possíveis focos de reprodução do mosquito. Existe uma determinação para que essa informação seja incluída nos termos, e, em caso positivo, a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde (SES-DF) já é avisada”, acrescenta o capitão Renato Augusto.
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