Para celebrar o Dia do Motociclista, o Capital Moto Week promoveu, neste sábado (27/7), o Passeio Motociclístico by Suhai, o maior do mundo, em um percurso que passou pelos principais pontos turísticos da capital federal. A rota entrou como uma das últimas programações do festival.
O tradicional circuito contou com uma rota de 60 km e 42 mil motos, segundo dados oficiais do evento. Começando pelo Eixão Norte, e entrando no Eixo Monumental, no sentido EPIA, o passeio fez o retorno na Praça do Buriti e desceu em direção à Esplanada dos Ministérios. O ronco do motor e o som das buzinas foram cantando por mais de 1 hora até atravessar a Ponte JK e subir o balão do Jardim Botânico.
De acordo com Pedro Franco, CEO do Capital Moto Week, o passeio motociclístico é um dos pontos altos de cada edição do festival. É um momento único, em que a cidade recebe o público motociclista que veio de fora, de outros estados, de outros países e o público brasiliense, que faz parte dessa celebração há tanto tempo.
“Ao longo desses dez dias, todos têm a oportunidade de conhecer Brasília sobre uma ótica diferente, sobre duas rodas. Então, mais do que apenas um passeio que passa pelos principais pontos da capital do país, ele se tornou, hoje, um dos principais atrativos do festival e tem o papel também de mostrar o Distrito Federal sobre uma visão diferente”, destaca Pedro.
Cleudes Rodrigues, 50 anos, esbanjava alegria e brincadeira ao passear com o Chewbacca, cachorro da filha, pelos arredores centrais do espaço. Desde pequeno, ressalta que era um aficionado pelo motociclismo. Com o passar do tempo, essa conexão cresceu ainda mais. Seja para fazer trilha, seja para ir trabalhar, estar em cima de uma moto é tudo o que ele mais ama fazer.
Na companhia do neto canino, se assim pode-se chamar, Cleudes ressalta a felicidade em participar de outra edição do passeio motociclístico promovido pelo Capital Moto Week. “Esse ano é o primeiro que ele (Chewbacca) vem. Coloquei na moto e começamos a andar, estamos nos divertindo. Tem o tal do pai de pet, como é da minha filha eu sou avô de pet, eu tô estragando o moleque”, conta aos risos.
Paixão de infância
Marcelo Crovador, 49, é fascinado por motos desde a adolescência. De acordo com o empresário, não há liberdade tão boa quanto a de pilotar e estar em qualquer lugar, em qualquer momento. Entretanto, apesar da paixão, demorou até que conseguisse comprar a primeira moto. Somente duas décadas depois que conseguiu realizar o grande sonho.
“Estreei com uma BMW e, logo em seguida, veio uma CG. Esse amor é uma parada minha mesmo, não veio de família nem nada. Esse universo sempre me cativou”, completa. E para agregar ainda mais nesse mundo, Marcelo encontrou no amor romântico mais um motivo para continuar encantado.
A esposa Caroline Ferreira, 46, sempre admirou o automobilismo. Mas, assim que casou, passou a viver ainda mais essa realidade. “Toda essa liberdade, ela é perfeita. A moto é diferente de tudo”, finaliza a bancária. O casal está junto há dois anos.
O advogado Ivan Cintra, 59, vive essa realidade como poucos. Presente em praticamente todas as edições da história do Moto Week, afirma que esse afeto transcende qualquer explicação. “Não sei o que me fez entrar nesse ecossistema, acredito que é algo que já estava presente no meu sangue mesmo. Sempre fui fascinado por motociclismo. Venho desde o primeiro evento, lá em 1973”, relembra.
Hoje, marcou presença no complexo com uma BMW GS 1250 Adventure. Ele, no entanto, nem consegue contar quantas motos teve. Mas, dessa vez, volta todas as suas atenções para apenas uma. A palavra que melhor define todo esse carinho, segundo ele, é vida. Isso porque não há outra coisa que ele queira fazer senão estar em cima de uma moto. Segundo Ivan, a liberdade e a adrenalina faz com que o sentimento nunca mude.
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