Por Lippe Viana 05/03/2023 – 08.52
Na manhã de ontem, mais um episódio trágico marcou a comunidade de São Sebastião, no Distrito Federal, quando um aluno de 15 anos adentrou armado na sala de aula do Centro de Ensino de São José e desferiu golpes de faca contra três colegas de turma. Este lamentável incidente é apenas mais um em uma série de ocorrências que têm assolado as escolas da região, com brigas diárias, tráficos nas proximidades e violência entre os alunos.
O Conselho de Segurança de São Sebastião emitiu uma nota em resposta ao evento, porém, a comunidade questiona a eficácia desse órgão, que parece mais ativo nas palavras do que nas ações práticas. Onde estava o Conselho de Segurança antes desses fatos ocorrerem? Por que não houve um esforço conjunto com as autoridades para garantir a presença de viaturas na entrada e saída das escolas? Onde está o batalhão escolar?
Recorda-se o trágico incidente no Colégio do Bosque, o confronto armado entre estudantes no Colégio Chicão, a invasão de alunos no Colégio Centrão e o assassinato de uma mãe em frente ao Colégio CAIC. E agora, diante de mais uma tragédia, o Conselho de Segurança emite uma nota prometendo medidas para reforçar a segurança nas escolas. Porém, é preciso mais do que palavras vazias e promessas políticas.
23/3/2022
Uma menina de 14 anos foi esfaqueada por um colega de 15 em uma escola de São Sebastião. Alunos que testemunharam a agressão disseram que a estudante foi atacada pelas costas, na quadra de esportes, enquanto bebia água.
20/3/2023
A PM apreendeu um adolescente de 14 anos suspeito de planejar assassinatos em uma escola de Santa Maria. Ele divulgou os planos em uma rede social e pretendia usar uma arma, que também foi apreendida. À época, a DCA afirmou que ele não pretendia cometer o crime e fez a publicação nas redes para se exibir.
13/11/2023
Um garoto de 15 anos que apresenta quadro clínico no espectro autista foi agredido enquanto ia para a escola, no Guará. O adolescente sofreu lesões no rosto, um ferimento na mão e perdeu dois dentes. Ele foi abordado perto da instituição de ensino.
A comunidade clama por ações concretas e eficazes. As denúncias e alertas feitos pelo portal da Ouvidoria Comunitária não podem ser ignorados. É hora de as autoridades abandonarem o discurso vazio e partirem para a ação. As pessoas estão cansadas de discursos políticos que não trazem mudanças significativas para o dia a dia da sociedade. O que se vê são tragédias anunciadas e denunciadas, enquanto a segurança nas escolas continua sendo uma preocupação constante.
Chegou o momento de as autoridades agirem com mais eficiência e menos retórica. A segurança dos alunos e da comunidade escolar deve ser uma prioridade absoluta, e isso exige medidas concretas e imediatas. A sociedade não pode mais tolerar a inoperância das instituições responsáveis pela segurança pública. É hora de agir antes que mais vidas sejam perdidas.
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