Nas últimas semanas, o Centro de Educação Infantil (CEI) 01 de São Sebastião tem enfrentado desafios significativos em relação à alimentação dos estudantes. Com uma comunidade de 460 alunos, a escola relata uma insuficiência no fornecimento de lanches, especialmente no que diz respeito às proteínas.
A situação atual do cardápio revela uma rotina preocupante para os alunos:
– Hoje: Arroz, carne suína e cenoura.
– Amanhã: Pão com manteiga, com a opção das famílias enviarem suco individual.
– Sexta-feira: Baião de três (arroz, feijão e carne suína).
Pais mencionam que, em ocasiões onde ovos estão disponíveis, é fornecido apenas meio ovo por criança. Além disso, a entrega de frutas foi suspensa nesta semana, impedindo a preparação de sucos para acompanhar o lanche. Outro ponto de preocupação é que, até o momento, não foi recebido leite para ser servido aos alunos neste ano.
Para a próxima quinta-feira, a previsão é que o lanche seja composto apenas por pão. Para evitar servir um lanche tão básico, a escola planeja comprar margarina com o dinheiro obtido da venda de latinhas recicláveis. As famílias também são encorajadas a enviar sucos ou outras bebidas para acompanhar o pão.
O Sindicato dos Professores (SIPRODF) denuncia a situação, afirmando que o governo não está entregando os itens necessários para a merenda escolar, comprometendo a alimentação dos estudantes nas escolas públicas do Distrito Federal. Samuel Fernandes, diretor do Sinpro e membro do Conselho de Alimentação Escolar do DF (CAE), durante visitas às escolas de Ceilândia e Taguatinga, observou que muitos itens alimentares estão faltando, resultando na repetição de cardápios. As prateleiras e freezers estão quase vazios, e a quantidade de arroz e feijão é insuficiente. Além disso, não há manteiga ou queijo para adicionar aos pães e cuscuz, e a carne disponível é predominantemente suína e com alto teor de gordura.
Em 2023, o Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu mais de R$ 130 milhões para investir em alimentação escolar. A falta de entrega dos itens alimentares é considerada injustificável, especialmente diante dos recursos financeiros disponíveis.
A comunidade escolar espera uma resposta imediata das autoridades responsáveis para resolver essa situação e garantir uma alimentação adequada e saudável para os alunos do CEI 01 de São Sebastião e de todas as escolas públicas do Distrito Federal.
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