Devido aos crescentes casos de violência nas escolas do Distrito Federal, a Secretaria de Educação, em parceria com outras pastas do governo, desenvolve um plano de ação para coibir o comportamento agressivo dos estudantes. Uma das medidas anunciadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) é o reforço do Batalhão Escolar nas unidades de ensino. Os policiais, de acordo com o titular da pasta, Júlio Danilo, podem adotar uma “varredura”, se necessário. “É um trabalho de vistoria dentro da sala de aula e até dentro dos pertences de algum aluno, um procedimento padrão já realizado por policiais capacitados e adotado de acordo com a demanda indicada pela escola”, explica.
O Plano de Urgência pela Paz é coordenado pela Secretaria de Educação e envolve as secretarias de Saúde, de Segurança Pública, da Juventude e de Esporte. O aumento do efetivo do Batalhão Escolar se dará com o emprego de oficiais nas horas de folga para reforço das atividades ostensivas. “Essas demandas vão depender dos pontos mais críticos e das requisições que vamos recebendo ao longo da nossa ação. Não vamos deixar uma viatura parada em cada colégio, elas vão ficar circulando em diversos pontos. O nosso principal foco será atuar na prevenção desses casos”, garante Júlio Danilo.
Secretária de Educação, Hélvia Paranaguá explica que a pasta fez um levantamento de 126 unidades de unidades escolares com os maiores índice de violência. “Praticamente, 100% dessas escolas são de ensino médio e anos finais do ensino fundamental. Esse trabalho vai envolver não apenas a escola, mas os pais, a família e a sociedade. Os responsáveis precisam conferir o que os filhos estão levando nas mochilas, precisam prestar esse apoio, não é um papel apenas da escola”, pondera Hélvia Paranaguá .
A titular de Educação detalha que a cartilha do plano de ação deve ser entregue até 27 de abril nas escolas. “Temos o prazo até 6 de junho para implementar essas medidas. Isso não significa que vamos começar a atuar somente nessa data. Começamos a agir agora, mas precisamos desse prazo para qualificar os diversos profissionais das diversas pastas envolvidas, porque não adianta, simplesmente, entregar uma cartilha para um profissional e não dar a orientação adequada para ele”, ressalta.
Segundo Hélvia, as regiões com o maior índice de registros de violência são Ceilândia, Plano Piloto, São Sebastião e Taguatinga. “São Sebastião destoa das demais cidades, porque as outras três possuem um alto quantitativo de escolas, o que, automaticamente, gera um grande número de ocorrência. Mas o nosso objetivo é não estigmatizar nenhuma região ou escola, por isso estamos buscando agir com muito cuidado”, acrescenta.
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