Dois trabalhadores foram resgatados de uma fazenda de eucalipto em São Sebastião, no Distrito Federal, em situação análoga à escravidão.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), os homens moravam em um curral desativado, sem banheiro, energia elétrica e água potável
O empregador não fornecia roupas de cama ou produtos de higiene pessoal. Os trabalhadores tinham de tomar banho com uma bacia de água fria e com auxílio de pequenas vasilhas. As necessidades fisiológicas eram feitas no mato.
A operação, que começou no último domingo (29/5), contou com atuação de equipes do MPT, Ministério do Trabalho e Previdência, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. O relatório de inspeção do MPT foi finalizado na quinta-feira (2/6).
O procurador do Trabalho Tiago Cabral disse que os cavalos da fazenda tinham um lugar melhor parar dormir do que os empregados.
“A atividade de carregamento e descarregamento de caminhões com toras de madeira por si só já é bastante extenuante e penosa e, ainda assim, ter de executar a limpeza do ‘alojamento’ contribui para o adoecimento e degradância a que estão submetidos os trabalhadores”, disse.
O MPT e a Defensoria Pública da União fecharam um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o responsável pela fazenda. Ele se comprometeu a cumprir a legislação e cessar as práticas criminosas. O homem também pagou as verbas trabalhistas rescisórias e indenização de R$ 10 mil para cada empregado.
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