O Governo do Distrito Federal (GDF) deu, nesta quarta-feira (6/3), o primeiro passo para a preparação de uma política regional destinada à população em situação de rua. O objetivo do proposta é atender a demandas específicas dessas pessoas, em áreas como assistência social, saúde, segurança, educação, moradia, emprego e renda, entre outras. O propósito vai ao encontro das diretrizes nacionais definidas, em 2023, em nível federal. Especialistas ouvidos pelo Correio opinaram sobre o que é necessário contemplar no texto, que será preparado por representantes de 19 órgãos e entidades do governo distrital. O grupo deverá entregá-lo em até 90 dias.
Para o sanitarista Marcelo Pedra Martins Machado, coordenador do Núcleo de Populações em Situações de Vulnerabilidade e Saúde Mental na Atenção Básica da Fiocruz, as palavras-chaves dessa política têm de ser diversidade, multiplicidade e integração.
“A primeira coisa que o poder público deve levar em conta é articulação das diferentes secretarias para propor práticas de maneira territorial”, disse. Segundo ele, experiências nacionais e internacionais mostram que, se os programas voltados à população em situação de rua forem pensados e executados de forma isolada, darão errado. “Não deve haver só uma estratégia de acolhimento institucional ou habitacional (a essas pessoas), é necessário haver diversidade”, enfatizou. Ele também explicou que “se o trabalho das equipes for feito de forma articulada e acompanhando a pessoa, nos limites dela, as chances de dar certo aumentam”, explicou.
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